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Gestualidade e expressividade afro-brasileira: ancestralidade e mímesis

O presente projeto visa investigar nas formas culturais brasileiras de matriz africana sua gestualidade – nelas presentes como remissão a um passado mítico originário e que remonta a uma idéia de africanidade – e sua expressividade – nelas manifestadas como potências libertadoras de retomar esse passado re-significando-o enquanto projeto existencial. A base teórica de análise será a filosofia fenomenológica de Maurice Merleau-Ponty que articulando os conceitos de corpo, hábito, liberdade, expressão, entre outros, oferece um viés de compreensão da temática da corporeidade e da linguagem destas manifestações que permite descortinar justamente seu caráter libertário, reforçando a importância de sua valorização. Duas serão as formas culturais a serem analisadas: a capoeira e as danças afro-brasileiras escolhidas pelo privilégio de serem práticas explicitamente corpóreas, formas de expressão corporal. Em ambos os casos (na dança e na capoeira) as questões que permeiam essa pesquisa são: Quais histórias nos recontam esses corpos? Que presente eles atualizam? Que projetos articulam? Como performatizam experiências verdadeiramente expressivas no sentindo merleau-pontyano, isto é, experiências de liberdade e libertadoras nessa encruzilhada de tradições mimetizadas e projeto de resistência (e de re-existência)? Ao mesmo tempo, do ponto de vista filosófico, pretende-se extrair dessas investigações uma compreensão do conceito de ancestralidade e aproximá-lo do conceito de mímesis da tradição filosófica ocidental.

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